sábado, 16 de julho de 2011

Quem sou eu?

Não venha me falar de razão
Não me cobre lógica
Não me peça coerência
Eu sou pura emoção
Tenho razões e motivações próprias
Me movimento por paixão
Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos
Nem tente compará-los a nada
Deles sei eu
Eu e meus fantasmas
Eu e meus medos
Eu e minha alma.

Sua incerteza me fere, mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam, mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens... eu sou Sol e Lua
Não conte as poças... eu sou mar
Profundo, intenso, passional.

Não exija prazos e datas... eu sou eternidade e atemporal.

Não imponha condições... eu sou absolutamente incondicional.

Não espere explicações... não as tenho, apenas aconteço
Sem hora... local ou ordem.

Vivo em cada molécula
Sou um todo e às vezes sou nada
Você não me vê... mas me sente
Estou tanto na sua solidão... quanto no seu sorriso.

Vive-se por mim... morre-se por mim
Sobrevive-se sem mim...
Eu sou começo e fim... e todo o meio.

Sou seu objetivo... sua razão que a razão ignora e desconhece.

Tenho milhões de definições... todas certas... imperfeitas
Todas lógicas apenas em motivações pessoais
Todas corretas, todas erradas.

Sou tudo... sem mim, tudo é nada.

Sou amanhecer... sou Fênix... renasço das cinzas
Sei quando tenho que morrer... sei que sempre irei renascer.

Mudo protagonista, nunca a história.
Mudo de cenário, mas não de roteiro.

Sou música... ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo... queimo, destruo, incinero.
Sou vento... arrasto, balanço, carrego.
Sou água... afogo, inundo, invado.
Sou tempo... sem medidas, sem marcações.
Sou clima... proporcional a minha fase.
Sou furacão... destruo, devasto, arraso.

Mas sou tijolo... construo, recomeço...

Sou cada estação... no seu apogeu e glória.
Sou seu problema... e sua solução.
Sou seu veneno... e seu antídoto.
Sou sua memória... e seu esquecimento.

Eu sou seu reino... seu altar e seu trono.
Sou sua prisão... sou seu abandono e sou sua liberdade.

Sua luz... sua escuridão e seu desejo de ambas.
Velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia de quem sou...

Muito prazer, tenho vários nomes
Mas aqui, na sua terra...
Chamam-me de AMOR!...

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