sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se foi Deus que nos criou

Se foi Deus que nos criou
Porque nos criou desiguais
E porque alguns nada têm
E outros têm demais.

A resposta a esta pergunta
Está na reencarnação
Penhor de vidas passadas
Resgate, compensação.

Feliz daquele que nesta vida
Paga centil, por centil
Ter a existência perdida
É retrocesso infantil.

Situação digna de nota
Pluralidade d’existências
A unicidade é remota
Não encontra consistência.

Se Deus é justo e bom
Como impor tribulações
Misérias e infortúnios
E dar a outros mansões?

Nossa sorte é decidida
Pró ou contra ao nascer
A uns um tipo de vida
A outros o perecer!

Que Deus teríamos afinal
Dando a uns felicidade
Sem repartir por igual
A sua fraternidade!

Porangaba, 10/05/2011
Armando A. C. Garcia

Papo sobre a paixão

As pessoas amam bem mais a expectativa do amor possível, que o amor propriamente dito. Daí a intensidade dos impulsos bloqueados, os que estão impedidos de expansão e movimento na direção do objeto amado.

Os “grandes amores” da literatura são grandes, não por serem amores, mas por serem impossíveis. Já os grandes amores da vida real só quem sente é que sabe. A impossibilidade de dimensionar um impulso afetivo carrega de energia a fantasia. E esta se encarrega de dar dimensão ao que o exercício da relação, talvez, tirasse.

Na paixão impossível só estão as projeções do que idealizamos, pretendemos ou não conseguimos viver em nosso cotidiano. Daí ser fácil entender sua força, sua obsessiva presença na cabeça dos enamorados.

É por isso, aliás, que só é musa quem é inatingível.
Case-se com a sua musa e acordará com uma jararaca...
Case-se com quem ama e será feliz.

Quer se ver livre de uma paixão colossal? Vá viver com a pessoa objeto da paixão (observem, por favor, que não estou usando a palavra amor). Aliás, já está nos clássicos e, mesmo, antes destes, nos antigos: “A conquista enobrece e a posse avilta”. Ou, como dizia Goethe: “Nas batalhas da paixão, ganha aquele que foge”.

Quantas vezes as relações humanas terminam ou se interrompem sem terem esgotado o potencial de possibilidades adivinhadas, intuídas, sentidas. Aí, o que não se esgotou clama por vir à tona e, muitas vezes, ameaça ocupar (e às vezes ocupa, efetivamente) todo o “ego”. Não é por outra razão que o apaixonado é o maior dos egoístas.

Ao dedicar tudo ao objeto da paixão, está é alimentando a própria necessidade, seja de sofrimento, de idealização, de felicidade ou fantasia. Entupido de impossibilidades, ele clama. E a isso muitos chamam amor.

Mas amor é coisa muito diversa...
Amor não clama nem reclama: amor dá.

Artur da Távola - Publicado no ODIAONLINE em 8/05/2008

Mudar o mundo

Comece mudando a si mesmo. Ninguém muda o mundo se não consegue mudar a si mesmo...

Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele os mesmos efeitos e conseqüências de sua exploração...

Seja responsável: não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo. Quem tem um pouquinho de bom senso percebe que podemos viver em harmonia, respeitando direitos e deveres...

Acredite em um mundo melhor. Coragem, Honestidade, Sinceridade, Fé, Esperança são virtudes gratuitas que dependem de seu esforço e comprometimento com sua Honra e Caráter. Não espere recompensas por estas virtudes, tenha-as por consciência de seu papel neste processo...

Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizarás o suor de teu esforço para alcançar seus objetivos...

Busque a Verdade, a Perfeição, uma posição realista frente aos obstáculos, uma atitude positiva diante da vida...

Defenda, participe, integre-se à luta pacífica pela Justiça, Paz e Amor. Um mundo justo é pacífico, e onde há paz pode-se estar preparado para viver um grande Amor...

RODRIGO BENTES DINIZ

O rouxinol e a rosa

"Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas", exclamou o jovem Estudante, "mas em todo o meu jardim não há nenhuma rosa vermelha."

Do seu ninho no alto da azinheira, o Rouxinol o ouviu, e olhou por entre as folhas, e ficou a pensar.

"Não há nenhuma rosa vermelha em todo o meu jardim!", exclamou ele, e seus lindos olhos encheram-se de lágrimas. "Ah, nossa felicidade depende de coisas tão pequenas! Já li tudo que escreveram os sábios, conheço todos os segredos da filosofia, e no entanto por falta de uma rosa vermelha minha vida infeliz."

"Finalmente, eis um que ama de verdade", disse o Rouxinol. "Noite após noite eu o tenho cantado, muito embora não o conhecesse: noite após noite tenho contado sua história para as estrelas, e eis que agora o vejo. Seus cabelos são escuros como a flor do jacinto, e seus lábios são vermelhos como a rosaI de se desejo; porém a paixão transformou-lhe o rosto em marfim pálido, e a cravou-lhe na fronte sua marca."

"Amanhã haverá um baile no palácio do príncipe", murmurou o jovem Estudante, "e minha amada estará entre os convidados. Se eu lhe trouxer uma rosa vermelha, ela há de dançar comigo até o dia raiar. Se lhe trouxer uma rosa vermelha, eu a terei nos meus braços, e ela deitará a cabeça no meu ombro, e sua mão ficará apertada na minha. Porém não há nenhuma rosa vermelha no meu jardim, e por isso ficarei sozinho, e ela passará por mim sem me olhar. Não me dará nenhuma atenção, e meu coração será destroçado."

"Sim, ele ama de verdade", disse o Rouxinol. "Aquilo que eu canto, ele sofre; o que para mim é júbilo, para ele é sofrimento. Sem dúvida, o Amor é uma coisa maravilhosa. É mais precioso do que as esmeraldas, mais caro do que as opalas finas. Nem pérolas nem romãs podem comprá-lo, nem é coisa que se encontre à venda no mercado. Não é possível comprá-lo de comerciante, nem pesá-lo numa balança em troca de ouro".

"Os músicos no balcão", disse o jovem Estudante, "tocarão seus instrumentos de corda, e meu amor dançará ao som da harpa e do violino. Dançará com pés tão leves que nem sequer hão de tocar no chão, e os cortesãos, com seus trajes coloridos, vão cercá-la. Porém comigo ela não dançará, porque não tenho nenhuma rosa vermelha para lhe dar." E jogou-se na grama, cobriu o rosto com as mãos e chorou.

"Por que chora ele?", indagou um pequeno Lagarto Verde, ao passar correndo com a cauda levantada.

"Sim, por quê?", perguntou uma Borboleta, que esvoaçava em torno de um raio de sol.

"Sim, por quê?", sussurrou uma Margarida, virando-se para sua vizinha, com uma voz suave.

"Ele chora por uma rosa vermelha", disse o Rouxinol.

"Uma rosa vermelha?", exclamaram todos. "Mas que ridículo!" E o pequeno Lagarto, que era um tanto cínico, riu à grande.

Porém o Rouxinol compreendia o segredo da dor do Estudante, e calou-se no alto da azinheira, pensando no mistério do Amor. De repente ele abriu as asas pardas e levantou vôo. Atravessou o arvoredo como uma sombra, e como uma sombra cruzou o jardim. No centro do gramado havia uma linda Roseira, e quando a viu o Rouxinol foi até ela, pousando num ramo.

"Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti".

Porém a Roseira fez que não com a cabeça.

"Minhas rosas são brancas", respondeu ela, "tão brancas quanto a espuma do mar, e mais brancas que a neve das montanhas. Porém procura minha irmã que cresce junto ao velho relógio de sol, e talvez ela possa te dar o que queres."

Assim, o Rouxinol voou até a Roseira que crescia junto ao velho relógio de sol.

"Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti."

Porém a Roseira fez que não com a cabeça.

"Minhas rosas são amarelas", respondeu ela, "amarelas como os cabelos da sereia que está sentada num trono de âmbar, e mais amarelas que o narciso que floresce no prado quando o ceifeiro ainda não veio com sua foice. Porém procura minha irmã que cresce junto à janela do Estudante, e talvez ela possa te dar o que queres."

Assim, o Rouxinol voou até a Roseira que crescia junto à janela do Estudante.

"Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti."

Porém a Roseira fez que não com a cabeça.

"Minhas rosas são vermelhas", respondeu ela, "vermelhas como os pés da pomba, e mais vermelhas que os grandes leques de coral que ficam a abanar na caverna no fundo do oceano. Porém o inverno congelou minhas veias, e o frio queimou meus brotos, e a tempestade quebrou meus galhos, e não darei nenhuma rosa este ano."

"Uma única rosa vermelha é tudo que quero", exclamou o Rouxinol, só uma rosa vermelha! Não há nenhuma maneira de consegui-la?"

"Existe uma maneira", respondeu a Roseira, "mas é tão terrível que não ouso te contar."

"Conta-me", disse o Rouxinol. "Não tenho medo."

"Se queres uma rosa vermelha", disse a Roseira, "tens de criá-la com tua música ao luar, e tingi-Ia com o sangue de teu coração. Tens de cantar para mim apertando o peito contra um espinho. A noite inteira tens de cantar para mim, até que o espinho perfure teu coração e teu sangue penetre em minhas veias, e se torne meu."

"A Morte é um preço alto a pagar por uma rosa vermelha", exclamou o Rouxinol, "e todos dão muito valor à Vida. É agradável, no bosque verdejante, ver o Sol em sua carruagem de ouro, e a Lua em sua carruagem de madrepérola. Doce é o perfume do pilriteiro, e as belas são as campânulas que se escondem no vale, e as urzes que florescem no morro. Porém o Amor é melhor que a Vida, e o que é o coração de um pássaro comparado com o coração de um homem?"

Assim, ele abriu as asas pardas e levantou vôo. Atravessou o jardim como uma sombra, e como uma sombra voou pelo arvoredo. O jovem Estudante continuava deitado na grama, onde o Rouxinol o havia deixado, e as lágrimas ainda não haviam secado em seus belos olhos.

"Regozija-te", exclamou o Rouxinol, "regozija-te; terás tua rosa vermelha. Vou criá-la com minha música ao luar, e tingi-la com o sangue do meu coração. Tudo que te peço em troca é que ames de verdade, pois o Amor é mais sábio que a Filosofia, por mais sábia que ela seja, e mais poderoso que o Poder, por mais poderoso que ele seja. Suas asas são da cor do fogo, e tem a cor do fogo seu corpo. Seus lábios são doces como o mel, e seu hálito é como o incenso.

O Estudante levantou os olhos e ficou a escutá-lo, porém não compreendia o que lhe dizia o Rouxinol, pois só conhecia as coisas que estão escritas nos livros. Mas o Carvalho compreendeu, e entristeceu-se, pois ele gostava muito do pequeno Rouxinol que havia construído um ninho em seus galhos.

"Canta uma última canção para mim", sussurrou ele; "vou sentir-me muito solitário depois que tu partires."

Assim, o Rouxinol cantou para o Carvalho, e sua voz era como água jorrando de uma jarra de prata. Quando o Rouxinol terminou sua canção, o Estudante levantou-se, tirando do bolso um caderno e um lápis.

"Forma ele tem", disse ele a si próprio, enquanto se afastava, caminhando pelo arvoredo, "isso não se pode negar; mas terá sentimentos? Temo que não. Na verdade, ele é como a maioria dos artistas; só estilo, nenhuma sinceridade. Não seria capaz de sacrificar-se pelos outros. Pensa só na música, e todos sabem que as artes são egoístas. Mesmo assim, devo admitir que há algumas notas belas em sua voz. Pena que nada signifiquem, nem façam nada de bom na prática." E foi para seu quarto, deitou-se em sua pequena enxerga e começou a pensar em seu amor; depois de algum tempo, adormeceu.

E quando a Lua brilhava nos céus, o Rouxinol voou até a Roseira e cravou o peito no espinho. A noite inteira ele cantou apertando o peito contra o espinho, e a Lua, fria e cristalina, inclinou-se para ouvir. A noite inteira ele cantou, e o espinho foi se cravando cada vez mais fundo em seu peito, e o sangue foi-lhe escapando das veias. Cantou primeiro o nascimento do amor no coração de um rapaz e de uma moça. E no ramo mais alto da Roseira abriu-se uma rosa maravilhosa, pétala após pétala, à medida que canção seguia canção. Pálida era, de início, como a névoa que paira sobre o rio - pálida como os pés da manhã, e prateada como as asas da alvorada. Como a sombra de uma rosa num espelho de prata, como a sombra de uma rosa numa poça d' água, tal era a rosa que floresceu no ramo mais alto da Roseira.

Porém a Roseira disse ao Rouxinol que se apertasse com mais força contra o espinho. Aperta-te mais, pequeno Rouxinol", exclamou a Roseira, "senão o dia chegará antes que esteja pronta a rosa."

Assim, o Rouxinol apertou-se com ainda mais força contra o espinho, e seu canto soou mais alto, pois ele cantava o nascimento da paixão na alma de um homem e uma mulher. E um toque róseo delicado surgiu nas folhas da rosa, tal como o rubor nas faces do noivo quando ele beija os lábios da noiva. Porém o espinho ainda não havia penetrado até seu coração, e assim o coração da rosa permanecia branco, pois só o coração do sangue de um Rouxinol pode tingir de vermelho o coração de uma rosa.

E a Roseira insistia para que o Rouxinol se apertasse com mais força contra o espinho. "Aperta-te mais, pequeno Rouxinol", exclamou a Roseira, "senão o dia chegará antes que esteja pronta a rosa."

Assim, o Rouxinol apertou-se com ainda mais força contra o espinho, e uma feroz pontada de dor atravessou-lhe o corpo. Terrível, terrível era a dor, e mais e mais tremendo era seu canto, pois ele cantava o Amor que é levado à perfeição pela Morte, o Amor que não morre no túmulo. E a rosa maravilhosa ficou rubra, como a rosa do céu ao alvorecer. Rubra era sua grinalda de pétalas, e rubro como um rubi era seu coração. Porém a voz do Rouxinol ficava cada vez mais fraca, e suas pequenas asas começaram a se bater, e seus olhos se embaçaram. Mais e mais fraca era sua canção, e ele sentiu algo a lhe sufocar a garganta. Então desprendeu-se dele uma derradeira explosão de música. A Lua alva a ouviu, e esqueceu-se do amanhecer, e permaneceu no céu. A rosa rubra a ouviu, e estremeceu de êxtase, e abriu suas pétalas para o ar frio da manhã. O Eco vou-a para sua caverna púrpura nas montanhas, e despertou de seus sonhos os pastores adormecidos. A música flutuou por entre os juncos do rio, e eles leva ram sua mensagem até o mar.

"Olha, olha!", exclamou a Roseira, "a rosa está pronta." Porém o Rouxinol não deu resposta, pois jazia morto na grama alta, com o espinho cravado no coração.

E ao meio-dia o Estudante abriu a janela e olhou para fora.

"Ora, mas que sorte extraordinária!", exclamou. "Eis aqui uma rosa vermelha! Nunca vi uma rosa semelhante em toda minha vida. É tão bela que deve ter um nome comprido em latim." E, abaixando-se, colheu-a.

Em seguida, pôs o chapéu e correu até a casa do Professor com a rosa na mão. A filha do Professor estava sentada à porta, enrolando seda azul num carretel, e seu cãozinho estava deitado a seus pés.

"Disseste que dançarias comigo se eu te trouxesse uma rosa vermelha", disse o Estudante. "Eis aqui a rosa mais vermelha de todo o mundo. Tu a usarás junto ao teu coração, e quando dançarmos ela te dirá quanto te amo."

Porém a moça franziu a testa.

"Creio que não vai combinar com meu vestido", respondeu ela; "e, além disso, o sobrinho do Tesoureiro enviou-me jóias de verdade, e todo mundo sabe que as jóias custam muito mais do que as flores."

"Ora, mas és mesmo uma ingrata", disse o Estudante, zangado, e jogou a rosa na rua; a flor caiu na sarjeta, e uma carroça passou por cima dela.

"Ingrata!", exclamou a moça. "Tu é que és muito mal-educado; e quem és tu? Apenas um Estudante. Ora, creio que não tens sequer fivelas de prata em teus sapatos, como tem o sobrinho do Tesoureiro." E, levantando-se, entrou em casa.

"Que coisa mais tola é o Amor!", disse o Estudante enquanto se afastava. "É bem menos útil que a Lógica, pois nada prova, e fica o tempo todo a nos dizer coisas que não vão acontecer, e fazendo-nos acreditar em coisas que não são verdade. No final das contas, é algo muito pouco prático, e como em nossos tempos ser prático é tudo, vou retomar a Filosofia e estudar Metafísica."

Assim, voltou para seu quarto, pegou um livro grande e poeirento, e começou a ler.

Oscar Fingal O´Flahertie Wills Wilde nasceu na cidade de Dublin, Irlanda, no dia 16 de outubro de 1854.

Oh, como eu a amei!

O padre estava terminando o serviço fúnebre na hora do sepultamento. De repente, o homem de 78 anos, cuja esposa de 70 anos acabara de morrer, começou a gritar:
- "Oh, como eu a amei!" Seu lamento desolado interrompeu o silêncio da formalidade.

Os outros familiares e amigos permaneceram de pé em torno da sepultura, parecendo chocados e embaraçados. Seus filhos, envergonhados, tentaram silenciar seu pai.
- Está certo, papai; nós entendemos.

O velho homem olhava fixamente o caixão descer lentamente na sepultura. O padre continuou. Terminando, ele cumprimentou os familiares que, um a um, foram deixando o local. Todos, exceto o velho homem.
- "Oh, como eu a amei!" Gemeu ruidosamente.

Sua filha e dois filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou.
- "Como eu a amei!"

Aquele homem permaneceu olhando fixamente para o sepulcro.

O padre o abordou dizendo: "eu sei como você deve se sentir, mas está na hora de irmos embora." Todos devemos ir e continuar nossa vida.

"Oh, como eu a amei!" Disse novamente o velho homem ao padre. "Você não faz idéia..." "Eu quase disse isso a ela, uma vez..."Incontável número de pessoas passa por uma situação semelhante a essa. São esposas e esposos, filhos, irmãos, tios, amigos, que passam uma vida inteira juntos e não têm coragem de declarar seus sentimentos. No momento em que o criador, pai amoroso e bom, vem requisitar nosso ente querido, e este viaja com destino ao mundo espiritual, muitas vezes fazemos como aquele esposo e gritamos com todas as forças que nós o amamos, mas é demasiadamente tarde... Para que você não fique com uma declaração de amor presa na garganta, diga hoje mesmo o que você sente pelos seus afetos. Diga ao seu filho o quanto você o ama. Fale para os irmãos que eles são importantes para você. Talvez a felicidade deles dependa dessa declaração. Confidencie aos seus pais que você os ama, se é que ainda não o fez. Isso lhes trará uma alegria inesperada. Não esconda dos seus amigos o que você sente por eles. Talvez eles desconheçam seus sentimentos de ternura. Abrace seus avós, se ainda os tem por perto. Um abraço de neto representa o maior dos tesouros. E, talvez, o melhor dos remédios. Confesse ao seu esposo ou a sua esposa o seu amor. Isso fará com que o relacionamento se torne mais agradável e os eventuais problemas se tornem mais fáceis de superar. Pense nisso e tome uma atitude agora. Conjugue o verbo amar no tempo presente. Pense nisso! Uma palavra de ternura, um gesto de carinho, uma declaração de amor, são imensa força positiva para a auto-estima de alguém que se sente só ou em depressão. Às vezes pensamos que as pessoas sabem o que sentimos por elas e por isso não dizemos, mas nem sempre elas adivinham. Na dúvida, não deixe de declarar seus sentimentos de afeto. Essa atitude trará bem-estar aos seus amores e também a você. Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita

A árvore dos problemas

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil.

O pneu da seu carro furou.

A serra elétrica quebrou.

Cortou o dedo.

E ao final do dia, o seu carro não funcionou.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa.

Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram à sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família.

Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se.

Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro.

Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:

- Porque você tocou na planta antes de entrar em casa???

- Ah! esta é a minha Árvore dos Problemas.

- Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa.

- Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta Árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte.

- E você quer saber de uma coisa?

- Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Diálogo de Apaixonados

- Você me ama mais do que tudo?
- Amo.
- Paixão, paixão?
- Paixão, paixão mesmo.
- Mais do que tudo no mundo todo?
- No mundo todo e fora dele.
- Não acredito.
- Faz um teste.
- Eu ou fios de ovos?
- Você, fácil.
- Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo.
- Prefiro você.
- Futebol.
- Não tem comparação.
- Você está caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita "Devolve tio!" e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição.
- Prefiro você.
- Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça.
- Você vai junto?
- Não.
- Pela televisão se vê melhor.
- Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma música no rádio e é uma nova do Paulinho. Sexta-feira e a Televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem para aquela noite.
- Você.
- Voltar à infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer “squish” entre os dedos.
- Você, lógico.
- A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu.
- Que dúvida. Você.
- Cheiro de livro novo. Solo de saxfone. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária.
- Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente.
- A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem sem calcinha.
- Desligo o telefone.
- Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de crédito que nunca expira.
- Prefiro você.
- Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo: "Vem... me beba..."
- Hummmmmmmm
- Como, hummm? Ela ou eu?
- Qual é a marca?
- Seu cretino!!!

(Luiz Fernando Veríssimo)

Senhor, abençoe...

Senhor, olhe por minha família, abençoe a Humanidade
Proteja sempre meus amigos que tantas alegrias me trazem
Senhor, só ainda um favor eu gostaria de pedir-lhe
Caso a isso não se oponha abençoe meu computador
Eu sei que não é normal abençoar engenhocas de aço
Mas, caso o Senhor me ouça, lhe explico sem embaraço
Veja, essa caixinha metálica
Não encerra apenas essa barafunda de dados
Dentro de cada um desses componentes diminutos
Está um amigo que aprecio muito
É verdade que alguns eu nunca mais vi
E alguns deles nem conheço pessoalmente
Nunca nos olhos nos olhamos
Ou um abraço demos, mas enfim
Eu sei do carinho deles por mim
E o meu por eles
Pelo afeto que trocamos
E é por essa maquininha de metal
Que eu chego até onde eles estão
Da mesma forma como conheço ao Senhor
A eles conheço - pela fé
Portanto, Deus, estando ok para o Senhor
Reserva um minutinho a mais
Para abençoar essa torrezinha de lata
Mas cujo recheio é puro amor.

Senhor! Abençoe o meu computador, mas especialmente as pessoas queridas pelas quais me encontro, através dele!

(Autor Desconhecido)

Coisas fora de moda

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar de "Amor”. Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo...

Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem...

Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-las no sentimento nobre de amar...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Sinceridade"...

Sabe aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e aquelas outras coisas que deixaram de ter valor...

Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa só pessoa a soma de tudo que, às vezes, procuramos em muitas...

A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Amizade”. Na amizade sincera que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...

O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro, e vice-versa. A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender, para depois gostar...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Família”. Sim... “Família”...

Essa instituição que, ultimamente, vive à beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões: pai, mãe, irmãos, filhos, casamento, lar...

Família…, aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços sanguíneos e protegidas pelas bênçãos divinas…

Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias, realização da mais sublime missão humana de sequenciar a obra do Criador...

E depois eu iria, até quem sabe, falar sobre algo como...  a "Felicidade"…

Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo, já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização…

Ainda assim, desejo que sua vida seja repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sempre muito bom mudar...

O bom de toda mudança é que ela traz consigo vida e competência. A vida está pedindo para você mudar, sabia? Isso não é mais novidade! E quando a vida pede, não adianta resistir! Você tem que ir em frente e visualizar o que é necessário mudar. Tente pelo menos... Tente mudar mesmo contra aquela sua resistência chata! Pense na mudança ocorrida! Pense como a sua vida será melhor. Anime-se olhando para trás e observando as fases de sua vida, as suas conquistas... Ah, como você mudou! Por dentro e por fora!

O bom de toda mudança é que ela traz consigo vida e competência.

Você admite que ficou mais competente ao longo de sua vida? Sim. E como você ficou competente quando optou por ter convicções fortalecedoras! Por mais desconfortável que seja a mudança, vale a pena se esforçar. Vale a pena estar sempre disposto, aberto... Porque a vida é assim sempre: dinâmica, diferente a cada dia, cheia de surpresas, cheia de oportunidades. Mantenha-se: livre, aberto e disposto a jogar fora gradualmente as velhas e antigas amarras, as antigas idéias, antigos conceitos.

As mudanças já estão ocorrendo em sua vida. Queira ou não! Sabe onde começam as maiores dificuldades? No apego! Quanto mais apego, maior será o desafio. Por isso, encare toda mudança que precisar fazer em sua vida como um degrau para revelações maiores e mais maravilhosas, que estão guardadas pra você! Deixe o velho! Prefira o novo! Mude enquanto você tem força e poder! Mude pela dor ou mude pelo amor! Ou então saiba que alguém ou alguma situação poderá pilotar o seu processo de mudança e de transformação.

Vamos! Coragem! Você pode! Você é capaz até de se superar, certo?

Mude já! Mude agora! Mude depressa! Por você! E por Ele também! Sabe de Quem estou falando. Bom Dia! Bom Divertimento! Fique com Deus! Pare de querer acrescentar dias à sua vida. Acrescente vida a seus dias.

Luiz Carlos Mazzini

Soneto da Criação

No começo fez Deus o céu e a terra
Num simples ato de Vontade exercida
Para dar sentido ao que nela se encerra
Povoou a terra com sementes de vida.

Assim formou-se o reino dito animal
Com criaturas da terra, da água e do ar
E completou esse trabalho magistral
Fazendo o homem, criatura modelar.

Do pó da terra foi feito o homem Adão
Com um sopro se tornou alma vivente
Povoar o mundo lhe foi dado por missão.

E para garantir que tudo isso desse certo
Fez a mulher, essa criatura surpreendente
Que todo homem necessita ter por perto.

João Anatalino Rodrigues

Prece de Bandido

Senhor, estou chegando
Subindo feito um anjinho
Desculpe, mas trouxe o revólver
Guardado no colarinho
A barra tá pesada pra mim
Sei que Tu perdoas
A todos os Teus filhos
Por isso sei que vais perdoar
Os meus pequenos delitos...

Andei fora dos trilhos
Trapaceei, menti, roubei e enganei
Deixei um monte de otário
Esperando uma grana que já gastei...

Na verdade, ainda há muito
No paraíso encantado
Estou trazendo algumas verdinhas
Dentro da minha mala
Pois não sou louco
Pra viver sem verde
E não serei eu o otário...

Trouxe roupas de cama e de baixo
Trago também minha cueca dourada
E só Te peço mais um favor
Um céu de esplendor
Porque tenho curso superior
E cumpri minha Faculdade...

Não vou Te pedir mais nada
Tudo está de bom tamanho
Mas se tiver um espumante
De boa qualidade
Ficarei mais feliz ainda...

Seguro no Éden
Completamente extasiado.

Amém!

Rose de Castro

Vida - Seguindo outra direção

Não faço mais poemas como antes
O tempo levou a minha inspiração
Foram-se as vogais... Optei pelas consoantes
Tento consolar meu coração!

E nas noites nos meus sonhos rotineiros
As fantasias se multiplicam a cada hora
Às vezes (neles) viro até violeiro
Provocando na viola vibrações sonoras!

A decepção se pronuncia no meu madrugar
Quando raios solares finalizam o meu dormitar
Deixando-me despertado sobre a cama!

E não mais poeta e nem ilusório violeiro
Dos meus novos atos viro conselheiro
Enquanto Deus não me chama!

Jairo Nunes Bezerra

Vídeo: Lu Bertolutti - Para o seu coração

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quero chorar

Hoje não quero poemas ridículos
Com rimas pobres pra falar de amor
Após ler Drummond, quero chorar
Apenas chorar...

Chorar a dor dos beijos que não vieram
Chorar as roupas que para meu amor não usei
Os perfumes que para ele não passei
Os carinhos que nele não fiz
O colo que a ele não dei
As mãos que nunca me tocaram
O abraço apertado com medo de perder

Quero chorar o calor que não sentimos
Os olhares demorados, apaixonados
Olhares cheios de amor, depois do amor
O amor que não fizemos...

Juliana Mendes Velludo Guidi

Teus Impulsos...

Concentras os teus caprichos
Nas celeumas desta vida
Os neurônios são os nichos
Das vis descargas sofridas

Que reagem aos estímulos
De cada impulso sofrido
Na disputa com os êmulos
No temperamento atrevido

Desgastas as energias
De maneira ruinosa
Urdes no cérebro alegorias
De metáforas duvidosas

Concentra teu pensamento
Nas coisas boas da vida
Verás que o sofrimento
Para o amor te convida

Imensa felicidade
Embalará teu coração
Com tamanha suavidade
De êxtase e emoção

Terá lugar a alegria
Ao invés da ansiedade
Como alguém que acaricia
Com ternura e amizade

Na mansidão do amor
Terás paz, exultação
Serás no jardim, a flor
Desabrochando à evolução!

São Paulo, 07/07/2011
Armando A. C. Garcia

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Quem é o mais forte?

Dizem que o ferro é forte, mas o fogo derrete o ferro.

Dizem que o fogo é forte, mas a água apaga o fogo.

Dizem que a água é forte, mas o vento espalha a água.

Dizem que o vento é forte, mas a montanha espalha o vento.

Dizem que a montanha é forte, mas o homem derruba a montanha.

Dizem que o homem é forte, mas a morte derruba o homem.

Dizem que a morte é forte, mas JESUS venceu a morte.

domingo, 24 de julho de 2011

Amigo(a) virtual

Entre, Amigo(a) Virtual...
Vou abrir as portas do meu computador
Entre!

Traga pra mim esse gostoso riso
Que nunca ecoa!
Conte pra mim suas velhas histórias
Deixa que eu me deite em seus ombros
Invisíveis e segure em suas mãos firmes!

Não sei olhar em seus olhos
Mas sei sentir seu olhar
E suas palavras entram direitinho no meu coração.

O mundo parece tão pequeno atrás dessa rede
Ah! Você vem e eu nem sei de onde
Sem passaporte, atravessa as fronteiras
Do limite do impossível.

Traz muita paz... Uma palavra... Um verso
E coloridas flores sem perfume
Mas que são bálsamo para a alma!

Vou abrir minha casa para que você entre
Tome um café com bolo...
Me conte de você, permita que eu ria seus risos
E deixe que eu seque suas lágrimas, se preciso for.

Você não é apenas um nome que se esconde atrás de um arroba
Você tem alma e asas, como os verdadeiros anjos...

Você tem um "eu”
Que precisa e deve ser respeitado
Que precisa e deve ser amado.

De virtual, na verdade, você não tem nada! Claro!

Meu café não tem sabor
E meu bolo não é doce
Quando virtual!

Mas meu carinho e meu amor
São, nessa rede toda
Tudo o que tenho de mais real.

Então...
Entre sem bater!
Sente-se!
Tem café!
Tem bolo!
Tem minha amizade...
Esperando por você atrás da tela
Desse meu computador.

Letícia Thompson

Visão espírita sobre "Cremação"

Há algum tempo passou no Fantástico um trecho do documentário da BBC sobre a biologia humana. Diz lá que quando a pessoa morre, o cérebro demora até 32 horas horas pra "apagar" seus últimos neurônios. Já as células da pele ainda se dividem por 24 horas. Será que é nisso que se baseia o costume espírita de esperar 72 horas antes de cremar o corpo?

Emmanuel, no livro "O Consolador", psicografado por Chico Xavier, quando lhe perguntam se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, a resposta é a seguinte: "Na cremação, faz-se mister exercer a caridade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tonus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material".

Chico Xavier, ao ser indagado no programa Pinga Fogo quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, respondeu: "Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio".

Richard Simonetti, em seu trabalho Quem tem Medo da Morte (Gráfica S. João, Bauru, SP), registra que "nos fornos crematórios de São Paulo, espera-se o prazo legal de 24 horas, inobstante o regulamento permitir que o cadáver permaneça na câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar", observando que os "Espíritas costumam pedir três dias", mas "há quem peça sete".

Diz-se que, com o desencarne, os laços que unem o corpo físico com o perispírito se desfazem lentamente, a começar pelas extremidades e terminando nos órgãos principais, cérebro e coração. Assim, o desligamento total somente ocorre com o rompimento definitivo do último cordão fluídico que ainda liga ao corpo. Afirmam ainda que se o espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao espírito, mas transmite impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente do desligamento violento.

Kardec, na questão 164 de O Livro dos Espíritos, faz a seguinte indagação:
- "Todos os Espíritos experimentam, num mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?"...

E a resposta dos amigos espirituais é a seguinte:
- "Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto que o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito mais tempo a impressão da matéria.“

Sócrates (o filósofo) respondia com justeza aos seus amigos que lhe perguntavam como ele queria ser enterrado: "Enterrai-me como quiserdes, se puderdes..."

Ray Pinheiro

Não permita

Não vamos permitir esquecer a beleza do dia; por causa da tristeza.

Não vamos permitir perder a esperança; quando as lágrimas não nos deixam enxergar a beleza da vida no horizonte. Continuemos! E sempre avante!

Não vamos permitir que as opiniões alheias tenham mais peso do que a nossa opinião
Continuemos! Usemos o bom senso.

Não vamos permitir que um erro, uma ilusão retirem a impressão do amor que existe dentro de nosso coração. Continuemos! Acreditando que o verdadeiro amor não machuca e nem destrói. Só ele edifica, une, reconcilia e constrói!

Não vamos permitir que uma decepção, uma tristeza ou uma desilusão apague a esperança e o amor de nossos corações. Não! Tais sentimentos são frutos dos castelos sem bases firmes que criamos em nossas fantasias. Não esperemos muito do outro, façamos a nossa parte.

Não vamos permitir que o julgamento domine a nossa fala seria muita falta de tato e sensibilidade; vamos passar a enxergar o outro lado da mesma moeda. Afinal, existem várias maneiras de se enxergar o mesmo quadro. Cada cabeça é um mundo. Vamos respeitar.

Não vamos permitir que a lágrima escorregue por questões medíocres ou menores. Vamos olhar mais para nosso interior e perceber quanto existe a ser reparado. Vamos nos conhecer mais; e assim aprenderemos amar mais e compreender cada vez mais os mistérios, os segredos e os encantos da arte de viver.

Débora Acácio

sábado, 23 de julho de 2011

Vídeo: Que queres tu de mim - Altemar Dutra

Palavras

"Se me disseres que me amas, acreditarei, mas se escreveres que me amas, acreditarei ainda mais. Se me falares da tua saudade, entenderei, mas se escreveres sobre ela, sentirei junto contigo. Se a tristeza vier a te consumir e me contares, eu saberei, mas se a descreveres no papel, o seu peso será menor."

... e assim são as palavras escritas; possuem um magnetismo especial, libertam, acalantam, invocam emoções. Elas possuem a capacidade de em poucos minutos cruzar mares, saltar montanhas, atravessar desertos, intocáveis. Muitas vezes perde-se o autor, mas a mensagem sobrevive ao tempo, atravessando séculos e gerações. Elas marcam um momento que será eternamente revivido por todos aqueles que a lerem.

Faça amor com as palavras, mate saudades, peça perdão, aproxime-se, recupere o tempo perdido, insinue-se, alegre alguém, dê simplesmente um bom dia, faça um carinho especial. Use-a a todo instante, de todas as maneiras; sua força é imensurável.

Não esqueça que quem escreve, constrói um castelo, e quem lê, passa a habitá-lo.

(Silvana Duboc)

Todo casal deveria ler

Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.

Tudo o que todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata.

Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.

Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor
mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.

O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.

O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.

Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.

Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.

Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas.

Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.

Tem que saber levar. Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões
inesperadas, contas pra pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande
mas não é dois.

É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Arthur da Távola

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Acenda tua estrela

Todas as pessoas trazem consigo estrelas que a vida concede. Estrelas de brilhar, estrelas de crescer, estrelas de encontrar o caminho do sonho que se persegue.

Saber reconhecer os brilhos e as estrelas é o nosso destino.

Há quem se encante com o brilho de estrelas que não são suas e se perde.

Há quem deseje o brilho de outra mais distante e por isso passa quase todo o tempo como passageiro, nas estações, à espera de um comboio para lugar nenhum.

Aceitar as estrelas que trazemos é o que faz a diferença entre o que queremos ser e o que verdadeiramente somos.

Brilhar é acreditar na força que elas têm, desvendar seus mistérios, e aí então deixar que suas luzes entrem alma adentro.

Que carregar as estrelas seja como conduzir um candeeiro, para que, onde quer que se vá, longe, alto, possam os outros perceber a claridade.

Esse é o desejo: uma felicidade intensa hospedada definitivamente no nosso coração, como estrelas na palma das mãos a iluminar os caminhos.

José Oliva

Vídeo: Pra não dizer que não falei das flores - Simone

Vídeo: Gonzaguinha - Explode Coração

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Descubra o Amor

Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve.

Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.

Descubra uma fonte e faça banhar-se quem vive no lodo.

Pegue uma lágrima e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.

Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la.

Pegue a esperança e viva na sua Luz.

Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.

Descubra o AMOR e faça-o conhecer o mundo.

(Mahatma Gandhi)

Esqueça...

Esquece os erros que já não podem ser corrigidos...
Mas lembra-te das lições que aprendeste.

Esquece os dias de nuvens escuras...
Mas lembra-te das horas passadas ao sol.

Esquece as vezes em que foste derrotado...
Mas lembra-te das tuas conquistas e vitórias.

Esquece a infelicidade que enfrentaste...
Mas lembra-te de quando a felicidade voltou.

Esquece os dias solitários que atravessaste...
Mas lembra-te dos sorrisos amáveis que encontraste...

Esquece os planos que não deram certo...

Mas lembra-te:
SEMPRE TENHAS UM SONHO!

Jamais desistas de teus Sonhos...
Pois Deus tem o melhor para ti!...

Um sol diferente

Neste dia eu te desejo um sol diferente...

Que apesar de todas as dificuldades, apesar de algumas tristezas que existem...

Que mesmo com essa montanha erguida, o sol possa ser teu presente mais doce.

Desejo ao teu coração o querer que ele quer. Que nas palavras que ele sussurra dentro do teu peito, sejam ouvidas aquelas que têm sabor de liberdade.

Que tu estejas atento para o sopro da tua vontade real, e jamais desistas dos teus passos em direção à verdade. Desejo que tua percepção acorde mais plena no calor de um sol novo e renovador.

Que ele te encoraje às atitudes que estão querendo respirar. Aquelas que sempre são substituídas, aquelas que não se arrojam por ter os pesos de conceitos por demais antigos.

Desejo que tu aceites teu tempo, seja ele qual for. Que sintas serenidade na espera necessária para que a semente plantada brote no tempo certo. Desejo então que tua flor seja inteira, e mesmo que inicialmente pequena e frágil, ela te traga as luzes de uma estrada azul.

Que tua sabedoria esteja desperta aguardando com tranquilidade o desabrochar da tua flor, em paz, em cadência ritmada com o aprendizado que vem chegando, em mais suaves permissões para ti, em muito mais reconhecimento da tua coragem.

Desejo-te um sol diferente...

Espalhando teu sorriso pela densidade das nuvens, simplificando o aspecto complicado de alguns momentos e mostrando-te a fonte essencial para tua sede.

Desejo que a cada instante tu desnudes mais teu coração e deixes que nele vibre em tom maior: O AMOR.

O amor na sua expressão mais simples. Que não mede, não faz contas eE que tem o poder de te erguer acima de todas as montanhas escuras.

Migalhas

Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa signifique ausência do essencial entre os próprios vizinhos.

Todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.

Podes conservar armários repletos de veste inútil, ainda que a traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos.

No entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.

Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recurso aos irmãos em necessidade.

Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recurso aos irmãos em necessidade.

Podes alinhar perfumes e adornos para uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso; mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.

Um dia, que será certo em tua vida, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados,
cofres e enfeites, para a travessia do novo caminho...

Entretanto, não caminharás perdido na noite sem estrelas pois as migalhas de amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas como bênçãos de luz em tuas mãos.

Tempestades & Águias

Quando as tempestades da vida surgem escuras à minha frente, me recordo de maravilhosas palavras que uma vez eu li. E digo a mim mesmo: "Quando pairarem nuvens ameaçadoras, não dobre suas asas e não fuja para o abrigo. Mas, faça como a águia, abra largamente as suas asas e decole para bem alto, acima dos problemas que a vida traz; pois a águia sabe que quanto mais alto voar, mais tranquilos e mais brilhantes tornam-se os céus. E não há nada na vida que Deus nos peça para carregar que nós não possamos levar planando com as asas da oração. E ao olhar para trás verá que a tempestade passou, você encontrará novas forças e ganhará coragem também."

Helen Steiner Rice

Ser feliz...

Hoje em dia ser feliz é o que importa. E a felicidade é algo bem simples.

Está nas pequenas coisas da vida: Numa manhã ensolarada...
No cheiro gostoso do perfume de uma flor.

Felicidade é ter uma família bonita, sorridente e unida.
Felicidade é amar as crianças. É ver os filhos brincando saudáveis.
É enxergar além. É ver com os olhos da alma.
É se emocionar com as pequenas coisas.
É sentir a imensidão do universo nos invadindo quando olhamos o desabrochar da rosa.

Ser feliz é ter a certeza do dever cumprido.
É deixar o coração falar... É fazer uma declaração de amor.

Felicidade é ter brilho nos olhos e acreditar que o melhor está por vir.
É andar de mãos dadas com a pessoa amada.
Felicidade é ter fé. É acreditar no futuro.
A felicidade é uma conquista que vem de dentro.
Lá do fundo do ser. É profunda.
E só você tem a chave para buscá-la e oferecê-la ao próximo.

O elefante

Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, o elefante permanece preso, quieto,contido somente por uma corrente que aprisionava uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

Sem dúvida a estaca é um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa parece óbvio que esse animal, capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que não foge? Perguntei então a um adestrador, sobre o mistério do elefante. Ele explicou que o elefante não escapa porque está amestrado. Fiz então a pergunta óbvia. Se está amestrado, por que o prendem? Não houve resposta.

Há alguns anos descobriram que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: 'o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno'.

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido logo preso. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E apesar de todo o esforço, não pode sair. A estaca era certamente muito pesada para ele. E o elefantinho, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.

Jamais, jamais voltou a colocar em prova sua força, e isso muitas vezes acontece com a gente! Vivemos crendo em um montão de coisas que "não podemos, que não vamos conseguir", por mais que tentemos, simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos", que isso ficou gravado na nossa memória com tanta força, que perdemos a criatividade e aceitamos o: "sempre foi assim".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "Não posso, Nunca poderei é muito grande pra mim!". A única maneira é tentar de novo e não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter medo de arrebentar as correntes.

Tudo está em suas mãos

Você tem na vida aquilo que escolher. E sua mente é tão poderosa que vai lhe entregar exatamente o que você pedir.

Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer jeito você está certo
e receberá na mesma medida que foi determinada pela sua palavra, pelo seu pensamento.

A vida que você leva foi criada por você...

Se você continuar fazendo o que sempre fez, vai continuar obtendo o que sempre obteve.

O sucesso de sua vida sempre esteve, e sempre estará em suas MÃOS.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Nunca inúteis

Nunca se diga inútil nos mecanismos da vida.

A usina é um centro gigantesco de força...
Mas é a lâmpada que dosa em casa a luz de que carecemos.

Determinada moradia será provavelmente um palácio...
Mas é a chave que lhe resguarda a segurança.

O depósito de algodão é garantia valiosa na indústria...
Mas o tecido na espécie é formado pelo fio que ele produz.

O livro pode ser um tesouro de conhecimentos superiores...
Mas não surgiria sem as letras do alfabeto.

A sinfonia é um espetáculo de grandeza...
Mas não existiria sem a base nas sete notas.

Meditemos na importância da vida, em qualquer setor, e trabalhemos.

Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providência Divina não pode falir quando falhamos transitoriamente, mas, em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não nos criaria, se não tivesse necessidade de nós.

Francisco Cândido Xavier - André Luiz

Aprendi com o tempo que...

Às vezes, é preciso esquecer um pouco a pressa e prestar mais atenção em todas as direções ao longo do caminho...

A pressa cega os olhos.

Deixamos de observar tantas coisas boas e belas que acontecem ao nosso redor.

Às vezes, o que precisamos está tão próximo...

Passamos, olhamos, mas não enxergamos!

Mas não basta apenas olhar.

É preciso saber olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração!

Persistência

Nas lutas diárias da vida, lembre-se de que tudo tem um tempo próprio para realizar-se.
A árvore mais alta do mundo, um dia foi semente. O mar gigantesco é formado por pequenos rios que despejam suas águas em um encontro marcado. A hora do relógio é formada por segundos que se juntam para formar o minuto. A casa mais bela e rica, um dia foi apenas projeto. Assim, tudo segue um cronograma e na Lei Divina nada segue aos pulos ou com privilégios, tudo é justiça pura.

Sabendo que o mundo é construído por etapas, que tudo está em seu devido lugar e no devido momento certo, não abandone seus sonhos, não desistas de lutar pelo seu crescimento. Refaça seus planos se preciso for, ajuste-o ao momento atual e se agarre com Deus. Acredite na sua força, mas acredite também que você nunca está sozinho; em nenhum momento os anjos te abandonaram, talvez você não tenha deixado eles se aproximarem, mas eles sempre estarão perto de você.

Não se assuste com as atitudes das pessoas que te cercam; nem sempre elas estão no seu melhor dia, e todos nós temos o direito de estarmos chateados ou até tristes e sem vontade de falar com ninguém. Portanto, respeite o indivíduo que existe em cada pessoa; não crie expectativas com a vida dos outros, você acaba se machucando e fazendo com que as pessoas se sintam responsáveis por atitudes que só você esperava, que você nem sequer comunicou a pessoa interessada, apenas desejou em seu íntimo. Tudo tem seu tempo!

E o seu tempo de plantar é todos os dias; é a cada minuto. Semeie amor, distribua sementes de carinho e em breve você irá ter a maior colheita de felicidade que um ser humano pode ter. Nada supera o amor, velhas mágoas desaparecem sob a ação do amor; inimigos se abraçam em nome do amor; parentes afastados se reencontram em nome do amor, e você será abençoado pelo amor que Deus derrama, todos os dias, sobre a sua cabeça em sinal de que Ele acredita em você, sempre! Eu acredito em você.

Paulo Roberto Gaefke

Eternidade

O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas.

É isso... tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos para continuar seu caminho.

Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente.

Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às "nossas" expectativas. E sabemos lá quais eram as suas expectativas?

Nos decepcionamos e decepcionamos. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem.

Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela! Vai te fazer bem. Assim, talvez, ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que "foi sem querer". Dê de você mesmo o quanto puder!

Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.

Seja uma bênção! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser Anjos.

A eternidade está nas mãos de todos nós.

Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que
tiveram a boa ventura de te encontrar.

Letícia Thompson

Além do limite

Se somente nós lutarmos por um mundo melhor, um dia cansaremos e, certamente, desanimaremos diante das dificuldades. Nós somos seres humanos e temos também nosso limite, por mais que Deus habite em nós...

Mas, se tivermos o seu sorriso amigo e você caminhar conosco com fé, nem pôr um momento ficaremos desanimados. Nós iremos, sim, além do nosso limite e chegaremos ao castelo de sonhos que em algum lugar sabemos que existe...

Nós precisamos muito de você pois certamente, você aprecia nosso trabalho. Portanto vamos unir nossas forças para sermos fortes. Com o amor sendo um suporte venceremos muitas barreiras e até mesmo as desigualdades...

Não importa o seu passado, limitações que tenha e nem sua crença também.

Falhas?... quem não as tem?

Nós somente esperamos que você seja sincero, respeite nossas emoções e ajude nos nossos erros apontando as soluções...

Vamos construir um mundo onde haja mais justiça, fraternidade, liberdade, igualdade e solidariedade com muita paz entre as pessoas.

Isso não é uma fantasia e nem falamos com precipitação.

Se cada um fizer um pouco, em breve seremos uma nação onde haverá mais coração...

Seremos uma nação de Amigos Sorridentes...

Direcione seu olhar

Quando estiver em dificuldade e pensar em desistir
OLHE PARA TRÁS
E lembre-se dos obstáculos que já superou.

Se tropeçar e cair, levante, não fique prostrado
OLHE PARA FRENTE
E esqueça o passado.

Ao sentir-se orgulhoso por alguma realização pessoal
OLHE PARA DENTRO
E sonde suas motivações.

Antes que o egoísmo o domine, enquanto seu coração é sensível
OLHE PARA OS LADOS
E socorra os que o cercam.

Na escalada rumo às altas posições, no afã de concretizar seus sonhos
OLHE PARA BAIXO
E observe se não está pisando em alguém.

Em todos os momentos da vida, seja qual for sua atividade
OLHE PARA CIMA
E busque a aprovação de DEUS!

(Charles Chaplin)

Caminhada

Às vezes nos sentimos meio perdidos... sozinhos
E sentimos a necessidade de buscar novos
Caminhos para nossas vidas...

Nessa caminhada, encontramos muitas pedras
Que lapidadas transformam-se
Em uma jóia preciosa: a experiência!

Encontraremos pessoas mais novas
E com elas reaprenderemos a inocência perdida

Encontraremos pessoas mais idosas
E com elas aprenderemos a ser maduros

Aprenderemos que o fogo que queima
Também esquenta as noites de frio...

Em algum momento nossa caminhada
Será interrompida e aprenderemos que foi apenas
Uma pausa para o descanso da alma...

Às vezes achamos que perdemos algumas pessoas
Mais depois percebemos que elas é que nos perderam.

Sentiremos medo e solidão
Mas encontraremos sempre a mão amiga
Daquele que foi crucificado por nós...

E se achamos que a caminhada é longa demais
Temos a garantia do abraço sempre aconchegante
Daqueles que também dariam a vida por nós: nossos pais.

Ao final desta grande caminhada que se chama VIDA
Perceberemos que o que realmente importa
São aquelas coisas que podemos carregar
Dentro de nossos corações.

Portanto, guarde somente os bons sentimentos.
Assim chegaremos com o coração leve
E a mala cheia de boas lembranças...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quando falar...

As palavras bondosas são como o mel, doces para o paladar e boas para a saúde, diz Salomão, em seus versos bíblicos.

Com os espíritos superiores aprendemos que a palavra educada é o alvorecer do coração. Conversar é mostrar por fora o que existe por dentro. Enfim, a nossa boca é a nossa ferramenta e nossa grandiosa oficina onde o artista é o espírito. Desta forma, a nossa palavra pode socorrer, estimulando os caídos a se levantar, aqueles que dormem a despertar, os errados a se corrigir e os agressivos a se acalmar.

As nossas palavras são sons revestidos dos nossos sentimentos. Por isso, quando falarmos a respeito do amor, falemos de modo a que nós mesmos possamos absorver cada frase que brote do coração.

Quando falarmos a respeito da dor, deixemos abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho. A criança chora de fome e o amor lhe estende pão. O doente geme e o amor lhe estende o remédio e segura-lhe a mão.

Quando falarmos sobre a paz, falemos mesmo que haja rumor de guerra, para sermos ouvidos na mais alta voz. Falemos da paz a quem faz a guerra tanto quanto para os que conosco vibram pela paz. E apliquemos os métodos da paz em nossas vidas porque nossas atitudes darão maior credibilidade ao nosso verbo.

Quando falarmos a respeito da fome, busquemos saciar a fome de alguém, tanto quanto aprendamos a abençoar a mesa farta do nosso café da manhã, do almoço e do jantar. Diante de pratos que não apreciamos recordemos os que morrem de fome, todos os dias, e, em vez de esbravejar por não ter nada para comer, levantemo-nos da mesa, abramos a geladeira, e escolhamos algo que nos agrade para a alimentação.

Quando falarmos sobre amizade, estendamos as mãos e alcancemos os amigos, a fim de provar a nós mesmos aquilo que gostamos de dizer aos outros.

Quando falarmos a respeito da felicidade, acreditemos nela e a cultivemos, enumerando os tantos itens que constituem a nossa felicidade. Vamos, com certeza, descobrir que temos maiores motivos para ser felizes do que infelizes.

Quando falarmos a respeito da fé, demonstremos que a nossa própria vida é regida pela fé, não nos deixando levar pelo desespero, nem a pela rebeldia.

Quando, enfim, falarmos de Deus para as criaturas, falemos do Deus-amor que não faz distinção dos seres porque é o criador de todos.

Falemos a respeito do Deus-Pai que abençoa todos os seus filhos, em todas as nações, em todo o Universo, por ser o excelso Pai que aguarda a todos no seu reino, não importando o século, a dimensão e o caminho longo, sinuoso ou curto que tenha percorrido para chegar até ele.

***

Mesmo que não saibas, és exemplo para alguém. Sempre existem pessoas observando os teus atos e tomando-os como exemplo, inclusive os atos menos dignos. Desse modo, és responsável não só pelo que realizas, como também pelo que as tuas idéias e atitudes inspirem a outros indivíduos. Cuida do que falas e realizas, para que os teus observadores se edifiquem e ajam corretamente.

Equipe de Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vídeo: VIDA - Madre Tereza de Calcutá

Prazeres da vida

Que bom é acordar com o canto de um pássaro; abrir a janela e  encantar com o céu de um azul lindo: é como receber um carinho do Universo como cumprimento matinal.

Que bom é desfrutar do calor do sol a bronzear o corpo, ou, num dia chuvoso e de preguiça, ouvir uma música gostosa, cantar junto e alegrar a alma.

Que bom saber que o nosso dia promete alegrias, trabalhos, encontros e que, quando estamos com pessoas agradáveis, nosso riso prolonga a vida.

Que bom é poder apreciar a beleza de uma flor que acabou de desabrochar somente para nós e que perfumará nosso dia com aroma suave de rosas silvestres.

Que bom é a gente ser capaz de sorrir para nós mesmos e lembrar de detalhes que nos fizeram vibrar e o coração saltar de contentamento.

Que bom saber que existe gente preciosa, e que está bem perto de nós, que completa nossa vida e que é nosso bem-querer.

Que bom é poder nos alegrarmos com o olhar da criança, que estende a mão e nos convida para brincar e, juntos, realizamos o desejo do coração, que é ser feliz e realizar nossas fantasias pueris.

Que bom ter convivido com os mais velhos e ter compartilhado suas histórias… nossas histórias e ter aprendido a respeitar princípios nobres da vida.

Que bom é exercer a dádiva do tempo útil para visitar os enfermos e levar a quem necessitar uma palavra de alento.

Que bom é, assim como o próprio Cristo o fez, reservarmos um tempo para a gente mesmo, seja nas preces diretas a Deus, seja na meditação – que é uma viagem para dentro de nós mesmos.

Que bom ter podido ajudar nossos pais a superar as dificuldades e, apesar delas, sermos capazes de viver em união e sabermos que fomos orgulho para eles.

Que bom é poder agradecer a Deus o privilégio de termos filhos perfeitos, sadios, bonitos e ver que podemos passar a eles que viver com dignidade faz toda diferença…

Ou mesmo quando, enfrentando as imperfeições da vida, sabermos que na perfeição de Deus ainda assim podermos ter gratidão por tudo; pois nada sabemos – Deus tudo sabe…

Que bom é a gente poder agradecer por todas essas coisas e, envolvendo os braços em nós mesmos, sentirmos ser abraçados por Deus, que nos diz: “Te amo minha, criança!.”

Vivamos de maneira simples.

Valorizemos nossos amigos verdadeiros e dediquemos tempo para nossa família.

Nada mais é preciso, pois a felicidade foi encontrada.

Luiza Gosuen

domingo, 17 de julho de 2011

Palavras... e palavras

Quantas vezes na forma de falarmos emitimos um tom de voz agressivo a quem nos ouve.

Quantos corações magoamos quando não temos por hábito frear nossos ímpetos durante uma conversação que poderia ser muito melhor dirigida se fosse feita em tons satisfatórios. Quantos desastres emocionais evitaríamos...

Se pararmos para observar nosso íntimo encontraremos diversas marcas deixadas pela
agressividade da palavra que tange como ferro em brasa.

Todos somos sensíveis quando ouvimos alguém, as palavras são absorvidas através dos ouvidos, passando pelo cérebro e indo de encontro ao coração.

Tomemos mais cuidado na nossa linha de expressão.

Tomemos cuidado com o coração daqueles que amamos, para que não criemos cicatrizes irremovíveis que podem desenfrear atitudes e reações irreversíveis.

Lembremos sempre que depois de ferirmos os corações alheios, nem sempre temos os curativos pra recuperá-los ao nosso favor.

Tomemos cuidado antes de lançarmos palavras que possam ocasionar a dor...

Eu sei que voltarás

Eu sei que voltarás quando amanhecer
Mesmo que os outros já tenham ido

A cidade não mudou mesmo que pareça
Que tudo naufragou no esquecimento

Eu sei que voltarás muito vigilante
Aqui te esperarei como havia prometido

A espera seria inútil e asfixiante
Se não tiver superado o quanto me querias

Eu sei que voltarás quando amanhecer
E escuto o despertar dos rouxinóis
No meio dessa brisa cotidiana
Te espero regressar e me parece
Que nada destruirá o nosso amor
Enquanto voltares junto a mim
Sempre a mim cada manhã.

Luis Miguel

Perdi o temor

Perdi o temor à chuva
E assim ganhei o frescor da água.

Perdi o temor ao vento
E assim ganhei o seu cantar nos fios.

Perdi o temor ao silêncio
E assim ganhei momentos de paz.

Perdi o temor ao julgamento dos outros
E assim ganhei caminhos mais abertos de liberdade.

Perdi o temor de investir tempo "em coisas sem importância"...
E assim ganhei entardeceres, estrelas, pedaços de luar, águas rebrilhando ao sol, retalhos de canções...

Perdi o temor de dar-me integralmente, temendo sofrimentos e cicatrizes
E assim ganhei a bendita multiplicação do meu tempo.

Perdi o temor de expor-me
E assim ganhei mais confiança no que sou e no que podem ser as pessoas.

Perdi o apego às coisas materiais
E assim ganhei a alegria da simplicidade.

Perdi o temor à competição
E assim ganhei o sabor das vitórias e os ensinamentos das derrotas.

Perdi o temor de desbravar caminhos desconhecidos
E assim ganhei novas visões, horizontes, novos amigos.

Perdi o temor de dizer minhas verdades frontalmente
E assim ganhei aqueles que a mim eram sinceros e leais.

Perdi o medo do dia de amanhã
E assim ganhei o hoje!

Perdi o temor mórbido do "por que não fiz"?
E assim ganhei o mais pensar para melhor fazer.

Perdi a segurança estúpida das minhas "verdades únicas"
E assim aprendi a ouvir os outros.

Liberei a força dos meus braços para os abraços fraternos e plenos de carinho
E assim senti multiplicado o imenso e doce poder do amor.

Perdi o temor da morte
E assim...
Ganhei a VIDA!

Agnaldo Guimarães