segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O núcleo do amor

A vida sem amor, amizade, boas relações afetivas, benevolência e entrega incondicional perde parte do seu sentido e pode converter-se num vazio.

Não é fácil, no entanto, estabelecer vínculos afetivos consistentes, nem desenvolver uma atitude de amizade incondicional e amor desinteressado, porque para isso é preciso ir-se libertando dos grilhões do ego. A partir do ego, surgem linhas paralelas que não se encontram; a partir do ser, surge outro tipo bem diferente de comunicação, ou inclusive comunhão.

As atitudes demasiado egocêntricas e as tendências compulsivas de afirmação do ego, não só ressentem todo o tipo de genuína relação afetiva, como impedem os laços saudáveis e livres.

Também a amizade exige os seus requisitos e tem as suas leis, assim como qualquer verdadeira atividade e ou baseada no egoísmo ou no perverso utilitarismo.

O sentimento de amor adquire muitas e múltiplas manifestações, mas seguramente a mais bela, quando realmente o é, é a amizade.

A amizade não é comparável nem mesmo com o amor do casal, e quando a verdadeira amizade existe, a relação sentimental pode acabar, mas permanece a amistosa.

Ramiro Calle

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