sábado, 18 de agosto de 2012

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que
 possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, 
mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onda
 crescente do erotismo e da vulgaridade, 
gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, 
estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência
 e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso
 abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como
 infeliz amigo que se compraz na perturbação.

Desestimulando no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem
 familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento,
 tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. 
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, 
caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel,
 a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação 
moral para os candidatos à felicidade.

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame,
quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos,
 co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, 
não são acontecimentos 
fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.

Cada um se movimenta, no mundo, 
no campo onde as possibilidades 
melhores  estão colocadas para o seu crescimento. 
Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos 
para mais amplas e graves conquistas, 
que darão resultados mais valiosos.

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e 
adia o teu momento infeliz. 
Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal,
 se perseverares na luta.

Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante 
que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas 
esperando as horas de glorificação.

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima,
 cada instante  lhe faculta conquistas que investe no futuro,
 lapidando-se e melhorando-se sem cansaço. 

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, 
não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.
 A tua reforma íntima te concederá a paz 
por que anelas e a felicidade que desejas. 

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