quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fascinante mistério

Numerosos mistérios nos envolvem e acompanham durante a nossa passagem por esta vida terrena. O mistério que cerca a origem da vida.


Duas células reprodutivas, de simples constituição, que se encontram e resultam no milagre da vida. Os primeiros movimentos da dança da vida. Duas células e toda uma história a ser escrita. Um novo ser, a quem caberá a sua parcela dentre as alegrias e tristezas da existência. Lágrimas e risos. Esperanças... Esperanças...



Os avanços dos conhecimentos médicos e científicos permitem acompanhar todas as fases do desenvolvimento da nova vida que se manifesta. Porém, quão pouco sabemos a respeito da essência da vida que em silêncio se desenvolve.

A paz e o conforto, o ventre que acolhe e abriga...
O ventre materno, o primeiro ninho. E o que sabe a ciência acerca do trabalho silencioso que a vida, segundo a segundo, leva avante no ventre materno?
Que sabe a ciência acerca da nova vida que em breve nascerá? Que sonhos alimentará?
Que dons, vocações e talentos manifestará?
Que pequena parte no projeto monumental da criação lhe caberá?
Quanto amor o seu coração abrigará, quanta compaixão manifestará?




Estas pequeninas mãos...


Que obras realizarão?










Estes pés...

Que caminhos trilharão?







Mistérios...

Outro mistério que nos envolve desde o início da nossa caminhada terrena é o tempo.
E do tempo nada sabemos, salvo as marcas que a sua passagem deixa no nosso corpo.





A claridade que há no olhar da criança...







E a luminosidade, no olhar do ancião. Uma luz que viu e atravessou a noite.

Uma inocência que nada ignora das durezas e dos esplendores da existência.







O sorriso das crianças. Para elas, as maravilhas que fazem sorrir continuam a ser maravilhas depois do sorriso, e por isso o retêm.








Os mistérios do amor. Vidas que se encontram, destinos que se entrelaçam. O que nos faz amar as pessoas que amamos? Ninguém sabe por que ama.


O amor, assim como o tempo, indefinível, incompreensível, inacessível, inexplicável. O amor é pura subjetividade. Passa pelo desejo, mas não passa pela razão. Passa pela admiração, mas não pela explicação. Ama-se, deseja-se, e isso é tudo.


E os sonhos sonhados, que são senão mistérios? O que em nós sonha os sonhos que sonhamos? Projeções do inconsciente ou passeios da alma? Quais os dedos que pintam a infinita tela dos sonhos?...

O mar, a sua insondável majestade e grandeza. A luz brilhante que salta sobre as ondas, que histórias ela terá para nos contar?

Somos todos passantes, passageiros nos vagões da existência. Qual o significado dos dias e das horas com os quais fomos agraciados?

Como podemos viver a vida com sabedoria? A vida não passa de um instante, mas basta este instante para empreendermos coisas eternas.

O tempo que desenha rugas também estende diante de nós infinitas oportunidades.

Procurar ver com os olhos do coração, o Invisível, ouvir o Inaudível, estender a mão em direção ao Intangível. Ter olhos para a Luz que jamais se apaga. Ouvidos, para a Canção que não esmorece.

Recordar que tudo que fazemos sem amor é tempo perdido. Tudo que fazemos com amor é eternidade reencontrada.

“O amor é por si mesmo sua própria recompensa.” São Bernardo

"Os anjos e o suave ruflar de suas asas. Ele ordenará aos Seus anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te levarão pelas mãos, para que teus pés não tropecem nas pedras...”

Mistérios...

Nenhum comentário:

Postar um comentário