sexta-feira, 16 de março de 2012

Carência Afetiva

A carência afetiva é um mal que atinge todas as faixas etárias,
culturas e classes sociais. É pior que a gripe, que vem e vai embora,
ou uma doença que mata de vez. É um mal que consome as pessoas devagarinho.


A indiferença da sociedade atual face aos problemas do mundo,
faz com que as pessoas sintam-se sozinhas e carentes.
Preferimos fechar os olhos ao que se passa ao nosso redor (e mesmo fora dele!)
do que enfrentar a realidade da vida dos outros, dos seus problemas.
Há cada vez mais pessoas solitárias enquanto a população cresce.


As pessoas têm sede de amor. O problema é que raramente querem ser fonte.
E nessa engrenagem há muita gente infeliz. Então corre-se de um lado para o outro,
alguns tentam achar compensação a nível profissional,
outros em religiões, crenças e seitas.


A internet também faz parte desse mundo. Fecha-se aqui, procura-se amores,
amizades e certezas de que alguma coisa ainda existe capaz de compensar
a falta de afeto. E enganam-se. Engana-se os outros e a si mesmo.


Quando Jesus andou na terra, tenho certeza que não precisava de nada.
Ele era auto-suficiente. Apesar disso, viveu tudo: Ele andou, trabalhou,
se entristeceu, chorou, sentiu fome, angústia, dor, morreu e ressurgiu.
E vivendo tudo isso, amou. Amou até o fim, até pedir perdão para os que o crucificaram.
E tudo o que Ele viveu, foi para nos mostrar o exemplo.
De nada serviria se Ele tivesse pregado e não vivido as próprias palavras.
Como nós. Mais que falar, precisamos viver.


O dia que as pessoas compreenderem que a solução está dentro delas mesmas,
então o mundo terá uma chance de sair desse caos.
Se você quer ser amado, ame! Quer receber um sorriso? Sorria!
Quer receber e-mails? Mande! Quer carinho?
Dê ternura até não agüentar mais. Quer atenção? Seja atencioso!


Talvez não funcione imediatamente. É um remédio que precisa de um tempo
para começar a fazer efeito. Mas, quando você estiver curado interiormente,
vai ser outra pessoa, de maneira tal que será impossível não receber de volta
a felicidade que espalhou. Temos a mania de querer comprar tudo.
Mas muitas coisas da vida precisamos plantar, cuidar e colher
com nossas próprias mãos. Nem tudo se vende e se compra e
afeto faz parte dessas raras coisas.


Não amamos a Deus por que Ele nos amou primeiro?
Então, vivamos de maneira que possamos ser os primeiros a dar afeto, amor, atenção. Sejamos os antídotos do ódio e da indiferença. Tudo o que virá após, será compensação. Estaremos contribuindo assim para uma sociedade mais humana,
mais justa e mais equilibrada.


Letícia Thompson

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