O tempo me olha, não me acusa
Julga-me, mas não dá a sentença.
Meu crime foi amar, esperar
Sonhar e acalentar desejos.
Tudo que eu quis, foi me entregar
Ser mais que um nome numa lista
Ninguém jamais vai me acusar
De abandonar a luta.
Era uma guerra sem vencedores
Como todas as guerras
Onde derramei meus sonhos
Atapetando a vida com eles.
A explosão que me acordou
Que me fez parar, correr, fugir
Foi uma escolha que findou
Que não optou por mim.
Agora o tempo fica me olhando
Querendo alguma coisa que eu não sei
Mas eu lerei as entrelinhas desse tempo
E em tempo... o meu caminho escolherei.
da Ciranda dos Poetas
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