Era carnaval: cor, suor e samba.
Os olhos perdidos em fantasias
o corpo embalado em danças,
e, meu "eu" esquecendo tudo.
De repente ele surge,
um corpo a mais na multidão,
sem alma, em busca de prazer
na animação, na alegria do carnaval.
Sinto seus braços em meu corpo,
me perco em seu infinito,
entrego-me em forma de samba,
rasgando angústias em forma de gritos.
Ele me beija em cada canção,
me abraça, me aperta, me enlouquece,
numa explosão de desejos recíprocos
e seu corpo suado me aquece.
Somos um só, não existe ninguém,
um mundo nosso, sem palavras.
Seus olhos falam, eu sou alguém,
suas mãos agem, sou ninguém.
Amanhece... estou só,
o corpo jogado ao vento da solidão
tudo transformado em cinzas
lágrimas em forma de quarta-feira.
Abro os olhos, vejo o pó
partículas de um momento infinito
e elas desaparecem lentamente
sufocando-me, impedindo meu grito.
Ibi Macêdo
Os olhos perdidos em fantasias
o corpo embalado em danças,
e, meu "eu" esquecendo tudo.
De repente ele surge,
um corpo a mais na multidão,
sem alma, em busca de prazer
na animação, na alegria do carnaval.
Sinto seus braços em meu corpo,
me perco em seu infinito,
entrego-me em forma de samba,
rasgando angústias em forma de gritos.
Ele me beija em cada canção,
me abraça, me aperta, me enlouquece,
numa explosão de desejos recíprocos
e seu corpo suado me aquece.
Somos um só, não existe ninguém,
um mundo nosso, sem palavras.
Seus olhos falam, eu sou alguém,
suas mãos agem, sou ninguém.
Amanhece... estou só,
o corpo jogado ao vento da solidão
tudo transformado em cinzas
lágrimas em forma de quarta-feira.
Abro os olhos, vejo o pó
partículas de um momento infinito
e elas desaparecem lentamente
sufocando-me, impedindo meu grito.
Ibi Macêdo
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