quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Da água ao vinho...

Andei, andei… eu procurei
Por vezes sedenta e curiosamente
Abarcando o que de novo despertava
Recebendo, recebendo
Reverberando
Questionando
Aceitando ou Peneirando
Fluindo ou me distraindo no caminho
Me encantando
Me entregando
Conectando
Mesclando
Confundindo
Experimentando...

O caminho de quem busca
É descobrir, encontrar
Encontrar muitas coisas
Coisas além das que procuramos
Quando não sabemos ao certo o que queremos

Todos os mergulhos foram válidos
Incluindo os que me afundaram

Fui percebendo o limiar entre o permitir e o ceder
E a distância que há entre o controlar e o conquistar
Mesma distância entre o Medo e o Amor
Saciei minha sede em algumas fontes
E por todas tenho gratidão

Recebi o vinho e transformei o sonho em real
E o real em sonho
Vivi os dois
Incluindo a simultaneidade
Expandi a percepção
Busquei ir além sem sair
Mas precisando pra isso de algo de fora
Me alimentando do pão da meditação
Mas também me nutrindo do Vinho

Fui aprendendo o caminho

Na distância e espaço para cruzar o limiar
Fui me apercebendo do quanto significa cada passo
E que o chegar pode ser lento e manso
Mas que só assim, a cada passo, é que podemos ter a certeza
De que não se trata de um sonho

Fui percebendo a importância de silenciosamente
Manter a mente sem interferências
E sentindo a qualidade da água
Que compõe o meu corpo
E do milagre da transformação
Da Água em Vinho

Entendi o que significa a parábola da transformação
da Água em Vinho, numa festa de enlace!

Mato a sede na própria saliva…

Quando elevamos as moléculas de água do nosso corpo, a uma vibração além da velocidade da luz, transformamos o físico no sagrado, este é o Grande Portal… o do passo a passo, que não nos remete a um sonho onde miramos o infinito, mas somos o próprio passo, o próprio caminho, a molécula transformada e o infinito.

Sophia Christou

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